Chaikh Saalih Al-Fawzaan حفظه الله (que Allah o preserve) disse:
“O jejum é algo amado por Allah تعالى e devido a isso é obrigatório à pessoa em jejum que rectifique a sua intenção, fazendo assim o seu jejum sinceramente para Allah. E ela deve ter a intenção de se aproximar de Allah com o seu jejum, sendo paciente com as dificuldades que encontra durante o jejum, porque o jejum é um acto de obediência a Allah. Portanto, a pessoa deve purificar a sua intenção e ser paciente. A pessoa deve saber também que o jejum não é apenas abster-se da comida e bebida; pelo contrário, ela deve abster-se de tudo o que Allah proibiu. A pessoa deve proteger a sua audição e a sua língua daquilo que é proibido, tal como a calúnia, caluniando e ouvindo música. E a pessoa deve proteger a sua visão de olhar para as coisas que são proibidas para ela. Esses assuntos são proibidos em geral, mas ainda mais quando a pessoa jejua.
E poderá ser o caso que a fome da pessoa que jejua é severa sobre ela, assim como a sua sede e o seu cansaço, mas ela não tem recompensa nenhuma perante Allah. Isso é devido à sua língua, falando o que é proibido, assim como os seus olhos, olhando para o que é proibido e os seus ouvidos, ouvindo o que é proibido. Essa pessoa na realidade não jejuou [no sentido concreto], ela simplesmente parou de comer e beber.
O jejum é um tremendo acto de adoração, se alguém jejua, então deve ficar longe de tudo que é inadequado e proibido. Uma pessoa em jejum é semelhante àquela que faz hajj ou umrah, ela têm que deixar alguns assuntos que são permissíveis [na sua essência]. Por exemplo, comer e beber [na sua essência] é permitido, no entanto durante o jejum a pessoa se abstém disso. E da mesma forma ela deve ficar longe dos assuntos que são inadmissíveis e proibidos enquanto jejua e em todas as outras ocasiões fora do jejum, mas a questão torna-se ainda mais severa enquanto jejua. Por isso, é obrigatório que a pessoa que jejua cuide e proteja o seu jejum de tudo o que poderá afectar negativamente o jejum e por sua vez reduza a sua recompensa.”
Fonte: Majaalis Chahri Ramadaan Al-Mubaarak (páginas: 14-16).
Traduzido por: Abu Faysal Ali Alburtugaali.
